quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Brasil que está na cabeça de cada um de nós. O Congresso em Foco lança a todos os brasileiros o mesmo desafio: qual o seu projeto de país?


O Brasil que está na cabeça de cada um de nós

Várias entidades da sociedade civil já entregaram aos candidatos à Presidência suas propostas de governo. O Congresso em Foco lança a todos os brasileiros o mesmo desafio: qual o seu projeto de país?

A CNM, presidida por Paulo Ziulkoski, é uma das entidades que apresentaram propostas aos presidenciáveis. E você, qual seu projeto de país?
Rudolfo Lago e Renata Camargo



Para a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), um eventual apoio do governo ao Movimento Sem-Terra (MST) gera insegurança jurídica, por conta das invasões de propriedade que são promovidas. Já para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag), o apoio à reforma agrária tem que ser ainda mais aprofundado pelo próximo governo. Para os municípios produtores de petróleo do Rio, como Campos, é fundamental que o próximo governo garanta a manutenção do atual sistema de pagamento de royalties pela exploração. Para a Confederação Nacional dos Municípios (CMN), que congrega cidades de todo o país, os royalties têm de ser distribuídos de forma equitativa,de modo a que 50% do total pago seja redistribuído via fundos de participação dos estados e municípios. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) acredita possuir uma fórmula que permitirá ao Brasil dobrar a sua atual renda per capita em 15 anos. E o Conselho Nacional de Turismo espera que o próximo presidente incremente o turismo interno, protegendo o patrimônio histórico e cultural e propiciando ao brasileiro que conheça seu próprio país.

São diferentes projetos de país, vistos sob o ângulo das instituições que compõem a sociedade organizada. Ao longo do ano, elas apresentaram agendas e planos aos candidatos, esperando que eles encampassem suas propostas. Algumas, como a Contag, definiram de saída apoio a um dos candidatos (no caso, Dilma Rousseff). Outros, como a CNA, não declararam formalmente o apoio, mas deixam clara sua preferência por José Serra, do PSDB (a entidade é presidida por uma senadora do DEM, Kátia Abreu, de Tocantins).

Um dos papéis pretendidos pelo Congresso em Foco nestas eleições, além de simplesmente noticiar os fatos políticos, é tentar possibilitar ao (e)leitor o máximo de informações, de modo a criar condições para que ele defina o seu voto de maneira consciente. Nossa pretensão é oferecer os dados necessários para que seu voto seja o menos emocional/casual e o mais racional possível. Ao mesmo tempo, o site deseja ser um canal mobilizador das aspirações do eleitorado, tornando-se o espaço para um debate que enriqueça e qualifique a disputa política.

Para tanto, duas ferramentas estão disponíveis no site. Na seção "Ajude a limpar a política", estão - e continuarão sendo, ao longo das próximas semanas - reunidos dados fundamentais para quem deseja votar com conhecimento de causa.

Ao mesmo tempo, o Congresso em Foco quer estimular a participação dos cidadãos que não têm a força da voz de instituições como a CNA, a Contag ou a CNI. Uma ferramenta interativa, de fácil uso, foi criada na Etherpad para a construção conjunta de um rol mínimo de compromissos que todos os candidatos a cargos eletivos deveriam assumir. Tomando como texto-base uma proposta do jornalista e leitor do site José Carlos Salvagni, o espaço é aberto para as intervenções de quem queira. Essa carta de compromissos, após passar pelo crivo dos leitores, será submetida aos candidatos.

Veja abaixo que entidades já tornaram públicas as suas agendas de compromissos aos candidatos:

Confederação Nacional da Agricultura
A CNA defende a reunificação da discussão de todos os temas ligados à agricultura num único ministério, extinguindo-se o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Para a CNA, a relação do governo com o Movimento Sem Terra ou outras entidades que defendem a invasão de propriedade para fins de reforma agrária geram insegurança jurídica. A entidade condena ainda os critérios de elaboração da "lista suja" do trabalho escravo, com a exposição do nome de proprietários de terra que mantêm em suas terras condições análogas à escravidão: para a CNA, há injustiças e distorções nessa lista. A CNA defende ainda a redução da carga tributária hoje imposta ao setor produtivo.

Confederação Nacional da Indústria
A CNI acredita ser possível dobrar a renda per capita brasileira nos próximos 15 anos. Para isso, propõe um modelo capaz de aumentar a renda per capita em 4,5% a cada ano. O caminho, acredita a confederação, está em aumentar a participação da indústria, reduzindo o "custo Brasil" (o conjunto de situações que aumentam o custo do investimento no país).

Confederação Nacional dos Municípios
Na Marcha dos Prefeitos, em maio, a Confederação Nacional dos Municípios apresentou aos três principais candidatos à Presidência, Dilma Rousseff, do PT, José Serra, do PSDB, e Marina Silva, do PV, seu conjunto de propostas. A partir delas, sabatinou os três candidatos. Entre as sugestões da CMN está a fixação de um percentual mínimo de responsabilidade da União para os investimentos em saúde (hoje, só estão fixados os percentuais de responsabilidade dos Estados - 12% - e dos municípios - 15%) e uma distribuição nacional e mais equânime dos royalties da exploração do petróleo.

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura
A Contag encaminhou seu conjunto de propostas diretamente para a candidata do PT, Dilma Rousseff. Elas visam, segundo o documento, "valorizar o campo brasileiro". Para tanto, a Contag considera que é preciso "continuar, intensificar e aprimorar a reforma agrária" e "ampliar e fortalecer a agricultura familiar".

Conselho Nacional de Turismo
O Conselho congrega associações ligadas ao setor, como a Associação Brasileira dos Agentes de Viagem, mas também tem participação do governo, com o Ministério do Turismo e a Casa Civil. O documento faz projeções e apresenta propostas para incrementar o setor do turismo no Brasil nos próximos anos, com a alavancagem que deve vir da promoção da Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016. O conselho prega um incremento do turismo interno, que propicie ao "brasileiro conhecer o Brasil".

Via Campesina
A reunião das entidades que defendem a luta pela reforma agrária, como o MST, considera que "o atual modelo imposto ao Brasil pelas forças do capital e das empresas é prejudicial aos interesses do povo". A Via Campesina prega "urgentemente a construção de um novo modelo agrícola baseado numa sociedade mais justa e igualitária".

E você? Quais são as suas preocupações maiores? O que no, seu entender, deveria receber atenção prioritária dos candidatos? Publique seus comentários abaixo, ou, se preferir, escreva para congressoemfoco@congressoemfoco.com.br. No assunto do e-mail, escreva proposta - eleições.

Fonte: Congresso em foco

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Selo contra corrupção alça voo em Brasília

Selo contra corrupção alça voo em Brasília
Só faltou o carimbo oficial para a decolagem. Mas os ventos da corrupção espantaram os Correios.
Moisés Rabinovici - 13/12/2009 - 21h22
Divulgação
Encerramento do seminário sobre "Política Nacional de Combate à Corrupção"O primeiro selo brasileiro alusivo ao combate à corrupção foi lançado no Dia Mundial de Combate à Corrupção, abrindo o seminário "Superando a Cultura da Corrupção", promovido pela Articulação Brasileira Contra a Corrupção e Impunidade (Abracci), no auditório do Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, a capital da corrupção mais uma vez agitada por um novo escândalo, agora estrelado, em um inédito cine-corrupção, por ninguém menos que seu próprio governador sem-partido, José Roberto Arruda.
Tanta corrupção no ar espantou os Correios do lançamento do selo, que mostra um balão igual ao que alçou voo diante na Esplanada dos Ministérios horas antes, azul e branco, com a promessa inscrita em letras garrafais: "Vencemos a Corrupção".
"Por conta dos casos de corrupção recentes, resolveram cancelar a vinda" – foi a explicação oficial aos 162 representantes de movimentos e organizações que combatem a corrupção no Brasil, na Argentina e no Uruguai, sentados à espera no auditório do TCU. Ironia: o início da safra 2005 de escândalos, até hoje fértil, produtiva, foi a inesquecível cena de um funcionário dos Correios em Brasília, Maurício Marinho, embolsando um maço de R$ 3 mil, como adiantamento de uma propina que acabou transbordando no primeiro mensalão, ao som das óperas de Roberto Jefferson.
Mas o Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) lançou assim mesmo o selo anticorrupção, sem carimbo oficial, em tiragem reduzida. E o contexto de medo e fuga dos Correios poderá até valorizá-lo entre filatelistas. Para entrar no auditório do TCU, os caça-corrupção passaram por uma nova versão física do Museu da Corrupção (MuCo), do Diário do Comércio, que na noite anterior, no Copacabana Palace, no Rio, havia conquistado o Prêmio Esso na categoria de Melhor Contribuição à Imprensa em 2009. Foi a estreia de sua maquete, que já traz o anexo para o novo acervo da corrupção no esporte, brevemente em cartaz.
Elza Fiúza/ABr
Jorge Hage, o ministro da Controladoria Geral da União, foi um dos participantes do debate.Foram dois dias de debates sobre "A superação da cultura da corrupção", "Desafios para a mídia independente" e "O que estamos fazendo?", permeados pela divulgação do relatório de 2009 sobre "Corrupção e o setor privado" por Bruno Speck, pesquisador da Transparência
Internacional e membro da Abracci (a íntegra, com 170 páginas, está em
Em geral, no Brasil, o foco de um escândalo recai, principalmente, sobre quem recebeu o suborno, e não tanto sobre quem subornou. Mas o que as empresas em países em desenvolvimento gastam em corrupção de políticos e funcionários de governo alcança um total de nada menos que 40 bilhões de euros por ano, ou US$ 51 bilhões, ou R$ 103 bilhões. Exatamente o valor do pacote da Itália para enfrentar a crise financeira mundial em três anos."O setor privado tem um papel crucial a desempenhar, operando com transparência e responsabilidade", comentou Caio Magri, assessor de políticas públicas do Instituto Ethos e também da secretaria executiva da Abracci. Ele adiantou, tendo lido antes o relatório, que "o caso da Bovespa é citado nele como exemplo de boas práticas nesse sentido". O prejuízo, no final, fica bem maior do que o valor das propinas, pois além de abalar os alicerces da concorrência leal e da confiança entre parceiros, incalculável, os consumidores ao redor do mundo pagam a conta de US$ 300 bilhões a mais em produtos, aproximadamente, graças aos cerca de 300 cartéis internacionais descobertos entre 1990 a 2005.
No Dia Mundial de Combate à Corrupção (9 de dezembro), Brasília estava uma festa. Na coincidente comemoração dos 30 anos do PT, mensaleiros do calibre de Zé Dirceu e Luiz Gushiken confraternizavam com outros mil companheiros. E a candidata Dilma Rousseff ganhava os holofotes ao fazer uma curiosa distinção entre corruptos. No caso do governador Arruda, para ela, "as imagens são estarrecedoras, muito duras, muito claras" – e a Justiça deve agir rapidamente. Mas já no caso dos petistas, não há "provas contundentes". A aprendiz de Lula também já reescreve a história. A rua pareceu confirmá-la à tarde: manifestantes chocaram-se com a PM contra o "mensalão do DEM", quando jamais protestaram contra o "mensalão do PT". Enquanto no TCU os caça-corrupção lamentavam a impunidade, constatavam a partidarização do butim e apontavam a educação como melhor antídoto à peste do Planalto, o presidente Lula apresentava-se como o paladino da luta contra a corrupção, como nunca houve antes neste país. E a elevou a crime hediondo, com mais tempo de cadeia – mas isso, se alguém for punido. O projeto que enviou ao Congresso só fará sentido quando e se o corrupto for tratado por corrupto, independentemente de sua filiação partidária.O ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, deu um presente aos caça-corrupção ("não fulanizamos; caçamos o sistema que permite a corrupção"), encerrando os trabalhos do seminário Superando a Cultura da Corrupção: ele concordou em promover a Primeira Conferência Nacional pela Transparência, Controle Social e contra a Corrupção, em 2010. Era o que queria a Abracci, como explicou Caio Magri: "Se conseguirmos avançar nesse sentido, será um grande passo para o país. Esse foi o objetivo do nosso movimento em 2009, que sem dúvida receberá ainda mais força em 2010, com a realização de uma conferência nacional sobre o tema".

DC de 14 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Urgência na aprovação da Ficha Limpa Projeto de Lei é instrumento efetivo no combate à corrupção que aflige o país‏

Urgência na aprovação da Ficha Limpa Projeto de Lei é instrumento efetivo no combate à corrupção que aflige o país‏
De:
comunicacaomcce@gmail.com

Enviada:
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009 16:08:28
Para:
comunicacaomcce@gmail.com

MCCE enviou-lhe um email.
Desde sua concepção, a Campanha Ficha Limpa foi pensada com a intenção de melhorar o cenário político brasileiro a partir de mudanças mais profundas na base do processo eleitoral. Mais do que viver eternamente de denúncias e cassações, a sociedade clamava pelo direito de poder votar em pessoas mais confiáveis e comprometidas. Lançada em abril de 2008, pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a Campanha Ficha Limpa tem como objetivo melhorar o perfil de nossos candidatos e candidatas, por meio de mecanismos eficazes e legais, evitando e prevenindo, desde o pleito eleitoral, que pessoas com perfis que fogem à ética, à moralidade e à falta de compromisso com a sociedade, participem ou, pior, venham a se eleger. Condições que devem ser válidas tanto no Legislativo, no Executivo e no Judiciário.
A situação que presenciamos hoje no Distrito Federal, com repercussão nacional, demonstra, claramente, a necessidade urgente de uma mudança na legislação que estabelece os critérios de quem pode ou não se tornar candidato/a, a chamada Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar nº64/90). Em proposta apresentada no Congresso Nacional no dia 29 de setembro de 2009, assinada por mais de um milhão e trezentos mil brasileiros e brasileiras, protocolada na Câmara dos Deputados como PLP 518/09, o MCCE pretende que o passado do candidato/a e seus possíveis débitos com a Justiça sejam, sim, peça fundamental no momento de se considerar e, consequentemente, permitir a candidatura, a cargo público eletivo, de qualquer pessoa.
Pela proposta da Ficha Limpa, se tornariam inelegíveis pessoas condenadas em primeira instância por:
Crimes graves segundo o Código Penal (homicídios, tráfico de drogas, estupro, racismo, etc).
Corrupção eleitoral (art. 299 do Código Eleitoral).
Captação ilícita de sufrágio (art. 41-A da Lei 9.504/97).
Conduta vedada a agentes públicos em campanha eleitoral (arts. 73 a 77 da Lei 9.504/97).
Captação ou gastos ilícitos de recursos (art. 30-A da Lei 9.504/97).
Políticos que renunciarem a mandatos após a apresentação de representação ou notícia formal para fugir de processo disciplinar por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município.
* No caso, de políticos com foro privilegiado, a inelegibilidade valeria para denúncia recebida em órgão colegiado.
Sabemos que a prática da corrupção, seja ela eleitoral ou dentro do exercício de um mandato, é verdadeira praga enraizada em diversos segmentos do país. Por isso, atentamos para a importância de mudanças efetivas que, além de combater casos pontuais como o que está sendo investigado pela Justiça no Governo do Distrito Federal, sigam mais além, atacando e sanando de forma abrangente, imparcial e impessoal, todos os atos de corrupção recorrentes por décadas na história do Brasil.
O MCCE estará sempre atento, acompanhando e, principalmente no que diz respeito à atuação do Movimento, prezando e combatendo práticas contrárias a um processo eleitoral verdadeiramente transparente e democrático.

Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Proposta de iniciativa popular sobre candidatura com ficha limpa divide parlamentares Iolando





Brasília - O anteprojeto de lei de iniciativa popular que exige que candidatos a cargos eletivos tenha ficha limpa divide a opinião dos deputados. A proposta, que conta co mais de 1,3 milhão de assinaturas de eleitores, foi apresentada hoje (29) à Câmara. Alguns parlamentares a apoiam, outros acham que ela deve ser aprimorada e há também os que consideram a medida autoritária. Para o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), a proposta traz critérios objetivos para saber o que é idoneidade moral e o que é inidoneidade moral.Temer disse que a observação que se tem feito a respeito da matéria, e que ele fez aos proponentes do anteprojeto, é que ficar apenas na manifestação de primeira instância para impedir alguém de se candidatar a um cargo eletivo é um pouco complicado. “Eu sinto que é preciso a manifestação de um órgão colegiado. Portanto, um tribunal, uma segunda instância, salvo se a decisão for logo de um tribunal, for de competência de um tribunal”.De acordo com ele, essa também é a posição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Temer informou que conversou com o presidente da OAB, Cezar Britto, e que ele disse que tem a mesma visão. “Acho que poderemos caminhar por essa trilha”.O deputado Chico Alencar (P-SOL-RJ) elogiou a iniciativa popular em discurso no plenário da Câmara. Segundo ele, o candidato deve se revestir ao máximo de moralidade pública, espírito público, reputação ilibada e idoneidade moral para postular o mandato de representação, que é o ônus e o bônus, é tarefa, serviço e dedicação. “Esse é o sentido profundo dessa iniciativa popular de lei, que se transformou também aqui num projeto inicialmente firmado por 30 deputados”.Segundo o deputado, a discussão dessa proposta é “absolutamente saudável porque sabemos que o banditismo no Brasil é forte, organizado e se imiscui muitas vezes na institucionalidade, não só no Legislativo, também no Judiciário e no Executivo”. Na opinião do parlamentar do P-SOL, a discussão vaio fazer com que a soberania popular garanta que o voto consciente, que é o melhor antídoto contra qualquer desvirtuamento da representação popular, cresça na próxima eleição.Já o deputado José Genoíno (PT-SP) criticou a iniciativa e se diz vitima de uma injustiça. “Fui denunciado injustamente e estou com ficha suja. A pior coisa é julgar um cidadão sem prova definitiva. Essa iniciativa é reacionária, é conservadora, é filosoficamente violenta. Não adianta usar o argumento de esquerda. Os direitos universais da cidadania estão estabelecidos com base na sentença transitada e julgada”.O petista lembrou que a Constituição garante, no Artigo 5º, que o réu só é culpado depois de sentença julgada em última instância. “É um princípio universal dos direitos do cidadão”. Para o deputado, esse projeto é inconstitucional é filosoficamente conservador. “Ele é politicamente autoritário, porque permite que uma parte faça o conceito filosófico da outra parte.”A proposta recebida hoje pelo deputado Michel Temer será agora encaminhada à apreciação das comissões técnicas da Casa. Só depois de apreciada pelas comissões será levada à discussão e votação no plenário da Câmara dos Deputados. Aprovada pela Câmara, será encaminhada à apreciação do Senado.





Agência Brasil

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

'OS POLÍTICOS E AS FRALDAS DEVEM SER MUDADOS FREQUENTEMENTE E PELA MESMA RAZÃO'


Você sabia que o ilustre autor de Primo Basílio, a Relíquia, a Cidade e as Serras, e tantas outra obras literárias preciosas da nossa literatura também escreveu essa frase:
'OS POLÍTICOS E AS FRALDAS DEVEM SER MUDADOS FREQUENTEMENTE E PELA MESMA RAZÃO'
NESSE CASO, SIGAMOS A RECOMENDAÇÃO DE EÇA DE QUEIROZ EM OUTUBRO DE 2010

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

TRANSPARÊNCIA E ÉTICA NA POLÍTICA, MANIFESTO - GOSP





MANIFESTO - GOSP
Os Grão-Mestres do GOSP – Grande Oriente de São Paulo, Eminente Benedito Marques Ballouk Filho, da GLESP – Grande Loja do Estado de São Paulo, Sereníssimo Francisco Gomes da Silva e do GOP – Grande Oriente Paulista, Sereníssimo José Maria Dias Neto, por ocasião da data comemorativa da Independência do Brasil, expressam o que segue:A Maçonaria paulista é solidária à veemente demanda cívica por dignidade na política, manifestada pela sociedade nas pesquisas e por crescentes setores da imprensa. A crise da falta de compostura, de ética e de patriotismo no exercício do Poder eclode dia-a-dia a cada novo escândalo que a classe política produz com surpreendente desfaçatez e prodigalidade.Estudos Maçônicos, baseados em pesquisas de opinião, revelam que a sociedade paulista apenas aguarda que a oportunidade de mudança se apresente para depor e condenar ao exílio cívico os falsos “líderes políticos”, que há tempos contaminaram nossas Instituições e subjugaram à Pátria e à família brasileira a uma espiral sem fim de cinismo, corrupção e despudor. Hoje, as Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto sabem seguramente que a sociedade:1. Tem plena consciência e convicção de que a corrupção é o mal que mais prejudica o País;2. Tem uma percepção de impunidade que levou descrédito à Justiça: para cada paulista que confia nela há outro que não confia;3. Desconfia da classe política: para cada cidadão que confia sempre, há outros 7 que não confiam nunca;4. A onda de denúncias e escândalos sucessivos geraram percepção de vácuo moral e de justiça, que ampliam o desânimo e as sensações de inevitabilidade, desamparo, impotência e de irrelevância cívica. Resultado: A maior consciência social, ao invés de fortalecer o senso de cidadania, gera alienação e repulsa;5. Apesar de não crer em alguns políticos, mantém a fé na existência de homens honestos e esperança num futuro mais digno.Causa perplexidade e indignação, o cinismo e despudorada falta de transparência e senso crítico da classe política, das legendas partidárias e de autoridades na violação da lei e do devido respeito aos seus representados.Ao ouvir o clamor das suas Lojas e da sociedade diante da infindável sucessão de escândalos que insultam a consciência civil, drenam o erário público e o orçamento das famílias, a Maçonaria paulista reitera o seu compromisso, expresso em 2007 e em 2008, em prol do resgate da Dignidade no exercício do Poder.Em respeito à tradição secular e histórica da Instituição desde 1717 e ao seu protagonismo em prol de movimentos e das mais legítimas demandas cívicas da sociedade, como a Independência, Abolição da Escravatura e Proclamação da República, a Maçonaria declara que a causa do Combate à Corrupção e Resgate da Dignidade no exercício do Poder, tem a mesma relevância e urgência social que todas as lutas cívicas pela Liberdade, Justiça e Direitos Civis.Em nome dos Maçons e da sociedade paulista, as Obediências Maçônicas que assinam este Manifesto declaram guerra à corrupção, à cumplicidade, à conivência, à impunidade, à complacência e à ignorância, que acoberta os canalhas e corruptos que manifestam seu escárnio ao estado de direito e à sociedade brasileira, na sucessão de escândalos prodigalizados pelos parlamentos e governos por todo o Brasil, de pleno e triste conhecimento da nação Brasileira.O DIAGNÓSTICO E A ESTRATÉGIA:Dados os alienantes e pífios resultados práticos da estratégia social da simples exposição dos corruptos à mídia (de fora para dentro), defendemos que só há um único meio de descontaminar o sistema adoecido, expurgando os parasitas que se incrustaram no organismo político e administrativo do País: seguir o exemplo que a Natureza nos ensinou para curar um organismo humano doente: Sem pajelanças, berros, nem esperneio, o remédio tem que ser injetado no corpo contagiado para fazer pleno efeito e debelar a doença, de dentro para fora.A cura para o mal da corrupção está em usar as regras do sistema democrático para, dentro da legalidade e pacificamente, injetar cidadãos de bem no sistema contaminado, desalojando e tomando espaços hoje ocupados por corruptos. Sob o ponto de vista Maçônico, o problema da corrupção não está nas instituições nem no sistema democrático e sim na falta de caráter dos homens, hoje, que os dominam. TENDO EM VISTA OS FATOS RELACIONADOS, AS OBEDIÊNCIAS MAÇÔNICAS SIGNATÁRIAS DESTE MANIFESTO INFORMAM À SOCIEDADE PAULISTA QUE:Já tomou providências e que vários programas e iniciativas já estão em curso, para honrar o compromisso assumido com o povo paulista em 2007 e 2008. E decidiu colocar à disposição da sociedade paulista e da causa nobre do combate à corrupção suas 1760 Lojas e a colaboração dos seus 54.000 obreiros e líderes espalhados por todo o estado.Constitui uma Frente Cívica, batizada – Movimento de Dignidade e Inserção Social e convida os setores organizados da sociedade, cidadãos conscientes e líderes que ainda não perderam a capacidade da indignação, para compor, sob a égide das Obediências Maçônicas Signatárias deste Manifesto, um MOVIMENTO suprapartidário de combate à corrupção. O MOVIMENTO buscará promover a revolução de costumes, a renovação dos quadros políticos e a reforma política aspirada pela sociedade, pela via pacífica e sob o manto da legalidade.Os objetivos permanentes das Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto são os de promover a inserção social, semear e propagar consciência cívica e organizar o potencial físico, logístico e intelectual dos quadros das instituições e dos cidadãos de bem dispostos a firmar compromisso com a ética e com as entidades representativas da sociedade agrupadas neste Movimento Cívico, integrando sua rede de informações, inaugurando sua ouvidoria social e apoiando estes cidadãos na sua disputa pelo poder contra os corruptos.Como os Partidos Políticos perderam a credibilidade e, com ela, o poder de conferir aval moral a seus candidatos, o MOVIMENTO preencherá esta lacuna vital, sinalizando, independente da legenda onde estejam, quais são os patriotas com fichas limpas, passado digno e o merecido respaldo social e moral do Movimento.As Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto entendem pela convergência em torno dos seguintes pontos cardeais:§ Por si só, a publicidade conferida a escândalos leva desesperança e alienação à sociedade e não contribui, em curto prazo, para o fim da impunidade; § Os atuais partidos impedem as mudanças e renovação que a Nação aspira. É preciso mudar leis que regulam responsabilidades e o regimento interno dos partidos. A indignidade deriva de vícios no sistema, mau caráter de candidatos, cumplicidade, irresponsabilidade e impunidade dos partidos pelos atos da canalha que eles têm a coragem e desfaçatez de infiltrar e manter na vida pública, mesmo a contragosto da sociedade. § Corrupção e impunidade permeiam o sistema e estrutura partidária. O foco do MOVIMENTO deve ser suprapartidário. § Se a sociedade não intervier, os “reformadores” serão os corruptos que aí estão e a reforma política ampliará facilidades, privilégios espúrios, impunidade e o avanço deles sobre novos espaços no Poder. § Não existe cidadania sem Justiça e justiça demorada é ausência de justiça. É preciso reformar o Código Penal e Civil, eliminando a ausência de justiça (impunidade). Justiça que tarda mas não falha, só a Divina.As Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto reafirmam, assim, sua tradição, universal e histórica, de emprestar apoio aos direitos, aspirações e movimentos legítimos da sociedade.Reafirma também o compromisso público assumido em 2007 e 2008, de oferecer combate à corrupção e a sua fidelidade aos princípios cívicos, como a ética, lealdade à sociedade e franca disposição de seguir na luta pelo resgate da dignidade no exercício do Poder.Sob a égide do nosso lema Universal “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pedem aos Maçons e brasileiros em acordo com nossa postura que venham a acessar nosso manifesto, que o divulguem por todos os meios ao seu alcance e expressem, com toda a veemência, o clamor que é comum dos Obreiros Maçons e de todos os cidadãos paulistas de bem: fora corruptos! Dignidade Já!
São Paulo, 07 de Setembro de 2009
Benedito Marques Ballouk FilhoGrão-Mestre Estadual do GOSP – Grande Oriente de São
Paulo
Francisco Gomes da SilvaGrão-Mestre da GLESP – Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo
José Maria Dias NetoGrão-Mestre do GOP – Grande Oriente Paulista

VITOR SANTOS, Cansei de ver as trevas cobrindo Brasília

Canseie ver as trevas cobrindo Brasília
Nuves escuras pairando sobre o planalto central
um mar de lama da corrupção invadindo a capital federal; Deus com certeza escondeu sua face para não ver o que lá acontecia
dizem que lá se faz pacto até com o diabo. que tem político que vende sua consciência e também a sua alma, para ser dar bem; cansei de acreditar em políticos que levam vantagens em tudo; cansei de ver bandidos entrando na política para fugir da cadeia, e se beneficiar do Foro privilegiado; cansei de ver Senador da República se dando bem, renunciando ou não, sei lá como,
cansei de ouvir de Lula a célebre frase, “eu não sei de nada”; cansei de ver muita gente passando fome, enquanto a corte se esbanja; cansei de ver pessoas perambulando pelas ruas em busca de emprego; enquanto muitos cargos são criados para contemplar os amigos do Lula; cansei de ver empreendedores e empresários, fechando suas empresas por serem honestos e não suportarem a carga tributária; cansei de ver o poder constituído cedendo ao crime organizado; cansei de ouvir a célebre frase de Rui Barbosa chegará um dia em que o homem terá vergonha de ser honesto.
cansei de ouvir dos meios de comunicação que muito dinheiro foi levado para o paraíso fiscal; cansei de ver famílias morando nas praças, debaixo de pontes e de viadutos, catando lixo para sobreviver;
cansei de sonhar com um país justo e solidário. cansei de acreditar na democracia que não passa de uma utopia; cansei de trabalhar para enriquecer cada mais os maus políticos; cansei de ver tantas injustiças, enquanto a Toga é usada por pessoas despreparadas;
cansei de ver lagrimas e tristezas no rosto de pessoas simples, humildes e trabalhadoras; cansei de presenciar nas ruas o sentimento de derrota de muitos brasileiros; cansei de assistir os espetáculos no grande palco chamado Brasília. cansei de acreditar que todos são iguais perante a Lei;
Cansei de ver Multinacionais invadindo o meu país; Cansei de ver banqueiros enriquecendo da noite para o dia; cansei de ver no meio da multidão, homens desempregados, pobres, doentes, famintos, sendo enganados;
cansei de ver o PÃO E CIRCO, como na antiga Roma; cansei de procurar por um político honesto como outrora o filósofo Diógenes cassou de procurar por um homem honesto nas ruas da Grécia com uma lanterna acesa na mão á luz do sol, talvez se encontra meia dúzia;
cansei de ver o Brasil, a minha Pátria amada ser ultrajada, humilhada e roubada, cansei, cansei, cansei.